
11/04/2011
Pequeno Expediente
O SENHOR  DEPUTADO BIRA DO PINDARÉ (sem revisão do orador) - Senhor Presidente,  demais colegas Deputados e Deputadas, imprensa, galeria, telespectadores  da TV Assembleia, internautas, servidores da Casa, demais senhores e  senhoras. Eu venho aqui, Senhor Presidente, para me referir à greve dos  professores por mais uma vez. Eu estive, em Imperatriz, a convite do  Sindicato dos Professores, participei de uma assembleia com aquela  categoria, e vi ali toda a boa fé e a mobilização, que é muita intensa,  muito forte dos professores e professoras na Região Tocantina.  Decorrente disso, em primeiro lugar, eu gostaria de repudiar as atitudes  do Diretor Regional de Educação chamado Agostinho Noleto, que tem usado  de artifícios nada recomendáveis, Deputado Carlinhos Amorim. V. Ex.ª  que conhece muito bem aquela região, ele tem utilizado de artifícios de  intimidação permanente, de ataques, de confronto, ameaçando corte de  ponto, demissão de professores, retaliação à sindicalistas, práticas  anacrônicas que nada condiz com nosso regime democrático e com os  direitos sindicais assegurados constitucionalmente. Então, em primeiro  lugar, eu queria registrar esse meu repúdio, tomei conhecimento e vi  notas circulando na imprensa e achei lamentável a conduta do Diretor  Regional de Educação, ali na Região Tocantina. Também dizer que não  adianta esse tipo de conduta, a minha experiência de grevista que fui a  vida inteira me diz o seguinte: “O movimento grevista é que nem massa de  pão, quanto mais bate, mais incha”. Não se resolve greve assim. Nós  resolvemos greve é com o diálogo, e nesse sentido achei importante a  Secretária de Educação ter tomado a iniciativa de receber o Sindicato na  quinta-feira, salvo engano. No entanto, pelo que fui informado pelo  Sindicato, a proposta foi, no mínimo, absurda, ela sugeriu aos  professores e as professoras que primeiro suspendessem a greve, para  depois negociar. Nunca vi isso, nunca vi isso. O que é possível nesse  momento, mais de 30 dias, 45 dias praticamente de greve, é que haja um  gesto por parte do Governo, uma sinalização, Deputado Alexandre Almeida,  para que a gente possa retomar o regime de regularidade das aulas e  diminua os prejuízos que milhares de jovens estão sofrendo nesse início  de calendário escolar. Eu acho que esse é o procedimento adequado, já  ouvi de tudo nessa greve. Primeiro disseram que a greve era política,  ficou provado que não era, porque fizeram greve no Governo Zé Reinaldo,  no Governo Jackson e agora estão fazendo no Governo Roseana. Depois  disseram que a data de deflagração da greve foi precipitada, quando, na  verdade, já se negociava, desde 2009, com o Governo, desde que a  Governadora assumiu depois da cassação do Governador Jackson, que essa  negociação vem acontecendo, tanto é que se concordou em quase todos os  pontos do Estatuto da Educação, exceto a chamada tabela salarial, que é  mínimo diante do conjunto dos benefícios que o Estatuto pode trazer, é  mínimo, são 25% de reajuste, que o Governo quer escalonar num período  que ultrapassa, inclusive o Governo da Governadora Roseana Sarney. Isso é  que precisa ser resolvido, um sinal do Governo nesse momento, eu penso  que vai ser necessário e suficiente para que se recoloque no patamar de  diálogo a solução do problema da greve na categoria dos professores.  Para concluir, quero dizer que sei que foi cantado em verso e prosa a  decisão do STF que não acatou o recurso que o Sindicato impetrou em  relação à ilegalidade da greve. É bom dizer que esse recurso ainda está  sujeito a outras discussões, não se esgotou. Agora, mais importante do  que essa decisão do STF, foi a outra decisão do STF, que diz que é legal  a aplicação do Piso Nacional na Categoria dos professores. Ora, se isso  é verdade, então, nós temos um problema muito maior para resolver  porque, aqui no Maranhão, pelo que nos consta, não se pratica na tabela  salarial o piso nacional, não se pratica. O piso da tabela é inferior a  tabela nacional ao mínimo condicional dos professores, como também os  milhares de contratados do Estado, que nós sabemos que agora mesmo  renovamos essa autorização de maneira inconsequente, eu diria, esse  direito do Governo de contratar de maneira provisória. Esses também não  recebem o piso salarial, portanto nós temos para mais de 14 mil  profissionais recebendo menos que o piso salarial. Então neste sentido  eu apelo mais uma vez a base do Governo, ao Governo para a gente  encontrar um caminho, encontrar uma saída, apenas isso, obrigado Senhor  Presidente. 
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